Wednesday, March 14, 2007

FRANCISCA E RITA ( Minhas sobrinhas netas )




Dia do meu aniversário 9 Março 2007
A Francisca e a Rita, minhas sobrinhas netas,filhas da Maria Alexandra


PENSAMENTO DO DIA


Em minha defesa:

Considerai, Senhor, que as nossas palavras mal exprimem o que pensamos, que os nossos pensamentos tão imperfeitamente correspondem aos nossos desejos , e estes tantas vezes se afastam do nosso verdadeiro BEM.

O BEM E O MAL


E um dos anciãos da cidade disse:
Fala-nos do Bem e do Mal.
E ele respondeu:
- Posso falar do bem que há em vós; mas não do mal.
Que é o mal, senão o bem
atormentado pela própria fome e pela própria sede?
Por certo, quando o bem tem fome busca o seu alimento
mesmo nas escuras cavernas e quando tem sede, bebe até nas águas estagnadas.
Sois bons quando sois um convosco. Contudo quando não sois um convosco mesmos, não sois maus.
Porque uma casa dividida
não é uma cova de ladrões;
é apenas uma casa dividida.
E um barco sem leme
pode navegar sem rumo
entre perigosos recifes
sem, contudo, ir a pique.
Sois bons, quando vos esforçais
por dar qualquer coisa de vós mesmos.
Contudo,não sois maus
quando tratais de obter benefícios
para vós mesmos.
Porque quando lutais,pelos vossos benefícios, sois apenas uma raiz, que se apega à terra, e suga o seu peito.

Kalil Gibrain

Tuesday, March 13, 2007

COMO EVITAR AS ILUSÕES

Assim,por amor de DEUS, tem cuidado e não forces o coração dentro do peito, com violência ou desmesuradamente. Prefere a perícia à força bruta, pois a tua prática será tanto mais humilde e espiritual, quanto mais a realizares com fervor, e será tanto mais corpórea e animal, quanto mais recorreres à violência. Trata,pois,de ter cuidado !


Monday, March 12, 2007

PENSAMENTO DO DIA


Efectivamente, a virtude não é mais nada senão um afecto ordenado e medido, cujo alvo nítido é DEUS por ELE mesmo, pois DEUS em SI mesmo é a pura causa de todas as virtudes.


Escolhamos a humildade e a caridade, pois quem obtivesse estas duas, já não precisaria de mais nenhuma, uma vez que as possuiria a todas.


OS SANTOS

Os Santos têm cada um deles uma casinha com uma varanda virada para o oceano, e o oceano é DEUS.
De verão, quando está calor, para se refrescarem mergulham na água, e a água é DEUS.
Quando se sabe que está para chegar mais um Santo, logo começa a construção de uma nova casa ao lado das demais. Assim elas formam uma fila muito comprida, ao longo da praia. Espaço é coisa que não falta.
Também S. Gancillo, quando veio tomar o seu lugar depois da nomeação, encontrou a sua casinha pronta, igual a todas as outras, com móveis, roupas de casa, louceiro, alguns bons livros e tudo o resto. Tinha também, pendurado numa parede, um enxota-moscas engraçado, porque naquele sítio havia bastantes moscas, embora não fossem muito aborrecidas.
Gancillo não era um santo famoso; tinha vivido humildemente como camponês e só depois da sua morte, alguém, pensando nisso, se deu conta da graça que enchia aquele homem e irradiava à sua volta uns três ou quatro metros. E o pároco, embora sem grandes esperanças, lá deu os primeiros passos no processo da sua beatificação. De então para cá tinham passado quase duzentos anos.
Mas no seio profundo da Igreja, passo a passo, devagarinho, o processo lá foi avançando. Bispos e Papas iam morrendo uns após outros, novos eram criados, mas o processo de Gancillo, por si só, lá ia passando de uma repartição para outra, sempre cada vez mais alto. Um sopro de graça tinha misteriosamente ficado ligado aqueles papeis, já amarelecidos, e não havia prelado que, desfolhando-os, disso se não apercebesse. Por isso o processo nunca foi abandonado até que, numa bela manhã, a imagem do camponês, com uma moldura(?) de raios de ouro, foi erguida em S.Pedro a grande altura e, cá em baixo, o Santo Padre, pessoalmente,entoou um canto de glória, elevando Gancillo à majestade dos altares.
Na sua terra fizeram-se grandes festas e um estudioso da história local pensou ter identificado a casa onde Gancillo tinha nascido, vivido e morrido, casa que foi transformada numa espécie de museu rústico. Mas como ninguém se recordava dele e todos os seus parentes tinham desaparecido, a popularidade do novo santo durou pouco tempo.
Desde tempos imemoriais que naquela aldeia se venerava como patrono um outro santo, Marcolino, e vinham mesmo peregrinos de terras longínquas para beijar a sua imagem,de fama taumatúrgica. Ao lado da sumptuosa capela de S.Marcolino,cheia de "ex votos" e brilhando com velas, foi construído um novo altar a Gancillo. Mas quem reparava nele?Quem se ajoelhava a rezar? Era uma figura tão apagada, passados duzentos anos. Não tinha mesmo nada que tocasse a imaginação.
Seja como for, Gancillo, que nunca tinha sonhado com tantas honrarias,instalou-se na sua casinha e sentado na varanda ao sol contemplava com beatitude oceano que respirava plácido e poderoso.
Na manhã seguinte, tendo -se levantado cedo,viu chegar de bicicleta um empregado fardado que entrou na casa vizinha com um grande pacote; e o mesmo em todas as demais casinhas, até que Gancillo o perdeu de vista;
mas para ele , nada.
O facto foi-se repetindo todosos dias até que Gancillo,cheio de curiosidade,fez sinal ao empregado para se aproximar e perguntou-lhe:"Desculpa,o que é que tu levas todas as manhãs aos meus companheiros e que a mim nunca trazes?" " É o correio ",respondeu o empregado,tirando respeitosamente o boné, "e eu sou o carteiro."
"Que correio? Quem o manda?" Ao que o carteiro sorrio e fez um gesto como para indicar os outros, aqueles do outro lado , a gente cá de baixo,do velho mundo.
"Pedidos?" Perguntou Gancillo que começava a entender. "Pedidos, sim, orações,preces de toda a espécie" disse o empregado,como se se tratasse de coisas sem importância, para não mortificar o novo santo.
"E chegam tantos todos os dias?"
O carteiro esteve para dizer que era a estação baixa e que nos dias de movimento eram dez e mesmo vinte vezes mais. Mas pensando que Gancilo poderia ficar triste respondeu com um "Bem,é conforme,depende" E rapidamente encontrou um pretexto para se escapar.
O facto é que para S. Gancillo ninguém se virava.Era como se não existisse. Nem uma carta, nem um cartão,nem sequer um bilhete postal.E ele,ao ver todas as manhãs a correspondência dirigida aos colegas _ não que fosse invejoso,porque era incapaz de sentimentos feios_sentia-se mal,com remorsos de estar ali sem fazer nada, enquanto os outros despachavam uma quantidade de papelada; em suma: Quase tinha a sensação de estar a comer indevidamente o pão dos santos ( era um pão especial, um pouco melhor que o dos simples beatos ).
Este desgosto levou-o um dia a espreitar numa das casinhas mais chegadas, de onde vinha um curioso ruído.
"Mas entra,meu caro,entra; aquela poltrona é bastante cómoda.Desculpa se acabo de pôr em ordem este trabalho;depois sou todo teu",disse-lhe o colega cordialmente.Passou à sala pegada e pôs-se a ditar a um estenógrafo,com uma velocidade surpreendente, uma dúzia de cartas e vários despachos que o secretário se apressou a escrever à máquina. Posto o que se voltou para Gancillo:"É, meu caro: sem um mínimo de organização seria um caso sério, com todo este correio que chega.Anda cá que eu mostro-te o meu ficheiro electrónico, de cartões perfurados." Em suma:foi muito simpático.
De fichas perfuradas de certeza que Gancillo não precisava e tornou para sua casinha algo abatido. E pensava:" Será possível que ninguém precise de mim? Como é que me poderei tornar útil? E se eu fizesse um pequeno milagre para chamar a atenção?.
Dito e feito:veio-lhe à ideia de fazer mover os olhos no seu retábulo na igreja da aldeia. Em frente do altar de S.Gancillo nunca estava ninguém, mas por acaso aconteceu de passar o Memo Tancia, o tolinho da aldeia, que viu o revirar de olhos no retábulo e se pôs a gritar " Milagre !"
Imediatamente, com a velocidade que lhes consente a sua posição social, dois ou três santos foram ter com S.Gancillo e com muita cordialidade fizeram-lhe sentir que seria melhor que se deixasse dessas coisas: não é que tivessem algum mal, mas a verdade é que aquele tipo de milagres, pelo seu aspecto frívolo, não era muito apreciado lá em cima.Diziam-no sem sombra de malícia, mas é possível que lhes fizesse espécie que este recém chegado conseguisse, do pé para a mão, com a maior desenvoltura, milagres que a eles lhes custavam um esforço dos diabos.
Naturalmente que Gancillo desistiu e lá em baixo na aldeia, as pessoas que acorreram à voz de "Milagre!"do tolo, tendo examinado demoradamente o retábulo, nada nele encontraram de anormal. E foram-se embora desiludidos e pouco faltou para que o Memo Tancia apanhasse uma carga de pancada.
Então Gancillo pensou em atrair a atenção com um milagre mais pequeno e poético. E fez florir uma belíssima rosa na laje da sua campa que tinha sido restaurado por ocasião da sua canonização, mas que agora estava de novo votada ao abandono. Mas era destino seu não conseguir fazer-se entender. O capelão do cemitério,tendo reparado no estado de abandono da campa, foi ter com o coveiro e increpou-o:" Ao menos a campa de S.Gancillo podias cuidar dela.É uma vergonha, meu grande madraço.Passei por lá há dias e via coberta de ervas."E o coveiro apressou-se a arrancar a roseira.
Para andar pelo seguro, Gancillo recorreu ao mais tradicional dos milagres. E ao primeiro cego que passou diante do seu altar, sem mais nem menos, deu-lhe vista.
Pois nem desta vez as coisas lhe correram bem.Porque a ninguém ocorreu que pudesse ter sido milagre de S.Gancillo, antes todos o atribuíram a S.Marcolino cujo altar era pegado. E tal foi o entusiasmo que vá de levar em ombros a imagem de S.Marcolino,que pesava umas centenas de quilos, em procissão pelas ruas da aldeia, ao som dos sinos.
Gancillo, perante isto disse para consigo: o melhor é resignar-me; está-se a ver que ninguém se quer lembrar de mim. E foi sentar-se à varanda, a olhar para o mar, o que era um grande consolo.
Estava ali a contemplar as ondas quando ouviu bater à porta.Toc Toc. Foi abrir. Era nada menos do que Marcolino em pessoa que vinha explicar-se.
Marcolino era um homenzarrão, exuberante e cheio de alegria: "Que é que se pode fazer, meu caro Gancillo ? Eu não tive qualquer culpa. E decidi vir ter contigo porque não queria que às vezes tu pensasses"...
"Mas que ideia !"disse Gancillo, muito contente com aquela visita e rindo-se também. "Vê´lá tu" disse Marcolino. " Eu sou um sujeito qualquer e contudo assediam-me de manhã à noite. Tu és muito mais santo do que eu, e todavia não te ligam importância. É preciso ter paciência com este mundo, meu irmão" e dava a Gancillo afectuosas palmadas nas costas.
" Mas porque não entras ? A noite está a cair e começa a arrefecer, poderíamos acender o lume e ficavas para jantar."
"Com gosto, com muito gosto mesmo" respondeu Marcolino.
Entraram, racharam uma pouca de lenha e acenderam a lareira com algum esforço,porque a lenha estava ainda verde. Mas sopra daqui, sopra dali, lá acabou por se erguer uma bela chama. Então sobre o fogo Gancillo pôs uma panela cheia de água para a sopa e, enquanto esperavam que fervesse, sentaram-se os dois no escano a aquecer os joelhos e a tagarelar amistosamente. Da lareira começou a erguer-se um fuminho e também aquele fuminho era DEUS. (Dino Buzzati)

Sunday, March 11, 2007

PARA MULHERES FENOMENAIS

Tem sempre presente que a pele se enruga, o cabelo embranquece, os dias convertem-se em anos... mas o que é
mais importante não muda;
A tua força e convicção não têm idade. O teu espírito é como qualquer teia de aranha.
Atrás de cada linha de chegada, há uma de partida.
Atrás de cada conquista, vem um novo desafio.
Enquanto estiveres viva, sente-te viva. Se sentes saudades do que fazias, volta a fazê-lo. Não vivas de fotografias amarelecidas...
CONTINUA,QUANDO TODOS ESPERAM QUE DESISTAS.
Não deixes que enferruge o ferro que existe em ti.
FAZ COM QUE EM VEZ DE PENA, TE TENHAM RESPEITO.
Quando não conseguires correr através dos anos, TROTA
Quando não consigas trotar, CAMINHA.
Quando não consigas caminhar, usa uma BENGALA.

MAS NUNCA TE DETENHAS!!!


( Madre Teresa de Calcutá )

Saturday, March 10, 2007

59 Anos da Bea

Hoje dia 10 jantar da Comunidade. O Anselmo, a Bea, Julieta, Carolina, Teresa, Natália, Rita e Francisca